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575M, sucede a 550 Maranello, e, como sua antecessora, também é motivo de polêmica
sobre a tradicionalidade da Ferrari. Esta poeira, deve-se à facilidade de guiar
esta machina. Isso mesmo! Afinal, uma Ferrari que pode ser pilotada por qualquer
um, não tem a mínima graça. Antes
de falar do motor (e que motor!), é bom especificar que a 575M, é outro carro
totalmente diferente do antigo 550. As semelhanças se resumem à estética, e...
aquela falta de tempero. A proposta de se desenhar uma nova carroceria, chegou
a ser cogitada, mas, Luca de Montezemollo julgou que o desenho se mantém atual,
e optou por continuar com o mesmo design. A
falta de tempero citada acima, se resume estritamente à maneira de guiar. Afinal,
nada tira o prazer de controlar um V12 de 515 cavalos e 5750 cm3 de cilindrada.
E foi justamente o número de cilindradas que definiu 575M, sendo o "M" de modificata.
Este motor é o responsável por tirar a Maranello da imobilidade e levá-la à 100
km/h em um intervalo de 4,2 segundos. O mesmo motor tem a capacidade de impulsionar
os 1730 kg da Ferrari à uma velocidade de 325 km/h. Foram
disponibilizados três modos de direção no carro. Começando pelo modo confortável,
que enfatiza um rodar macio, deixando para escanteio a esportividade do V12. Para
uma tocada um pouco mais esportiva, seleciona-se o modo esportivo, que proporciona
uma troca de marchas mais rápida e esperta. No entanto, a aura de uma legítima
Ferrari só aparece no modo super-fast. Neste modo as marchas são trocadas em rotações
altíssimas e em um curto intervalo de tempo. Caso o carro seja submetido a rodar
no trânsito, o motorista pode optar também pelo modo automático, onde simplesmente
não se preocupa em passar marchas. Todo este exercício, é feito atraves de alavancas
localizadas atrás do volante, o que não é mais novidade. A renovação, fica por
conta da embreagem, que não é controlada pelo motorista, e sim, automaticamente.
De acordo com a pressão exercida sobre o pedal do acelerador, o carro se ajusta
ao modo de direção e aciona a embreagem. Outro
lugar onde a tecnologia se mostra bastante presente, é na suspensão. Esta é equipada
com seis sensores, capazes de analizar as condições do asfalto à frente do carro
e "preparar" a suspensão. Pena, que no Brasil, o carro provavelmente se recusaria
a sair da garagem. Os freios a disco ventilados nas quatro rodas, é equipado com
ABS. E, com o aumento das entradas de ar (uma das poucas alterações estéticas),
a resfriação dos freios melhorou consideravelmente o desempenho dos mesmos. Agora
mais conservados, são capazes de resistir por mais tempo a exigência de um funcionamento
constante. Logicamente,
com tradicionalidade ou não, o cavalinho rampante não vende seu status por pouco
dinheiro. São 480.000 dólares para poder ter o prazer de colocar aqueles 515 cavalos
para trabalhar! | |