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Ferrari 575M Maranello
Novembro de 2002

A 575M, sucede a 550 Maranello, e, como sua antecessora, também é motivo de polêmica sobre a tradicionalidade da Ferrari. Esta poeira, deve-se à facilidade de guiar esta machina. Isso mesmo! Afinal, uma Ferrari que pode ser pilotada por qualquer um, não tem a mínima graça.

Antes de falar do motor (e que motor!), é bom especificar que a 575M, é outro carro totalmente diferente do antigo 550. As semelhanças se resumem à estética, e... aquela falta de tempero. A proposta de se desenhar uma nova carroceria, chegou a ser cogitada, mas, Luca de Montezemollo julgou que o desenho se mantém atual, e optou por continuar com o mesmo design.

A falta de tempero citada acima, se resume estritamente à maneira de guiar. Afinal, nada tira o prazer de controlar um V12 de 515 cavalos e 5750 cm3 de cilindrada. E foi justamente o número de cilindradas que definiu 575M, sendo o "M" de modificata. Este motor é o responsável por tirar a Maranello da imobilidade e levá-la à 100 km/h em um intervalo de 4,2 segundos. O mesmo motor tem a capacidade de impulsionar os 1730 kg da Ferrari à uma velocidade de 325 km/h.

Foram disponibilizados três modos de direção no carro. Começando pelo modo confortável, que enfatiza um rodar macio, deixando para escanteio a esportividade do V12. Para uma tocada um pouco mais esportiva, seleciona-se o modo esportivo, que proporciona uma troca de marchas mais rápida e esperta. No entanto, a aura de uma legítima Ferrari só aparece no modo super-fast. Neste modo as marchas são trocadas em rotações altíssimas e em um curto intervalo de tempo. Caso o carro seja submetido a rodar no trânsito, o motorista pode optar também pelo modo automático, onde simplesmente não se preocupa em passar marchas. Todo este exercício, é feito atraves de alavancas localizadas atrás do volante, o que não é mais novidade. A renovação, fica por conta da embreagem, que não é controlada pelo motorista, e sim, automaticamente. De acordo com a pressão exercida sobre o pedal do acelerador, o carro se ajusta ao modo de direção e aciona a embreagem.

Outro lugar onde a tecnologia se mostra bastante presente, é na suspensão. Esta é equipada com seis sensores, capazes de analizar as condições do asfalto à frente do carro e "preparar" a suspensão. Pena, que no Brasil, o carro provavelmente se recusaria a sair da garagem. Os freios a disco ventilados nas quatro rodas, é equipado com ABS. E, com o aumento das entradas de ar (uma das poucas alterações estéticas), a resfriação dos freios melhorou consideravelmente o desempenho dos mesmos. Agora mais conservados, são capazes de resistir por mais tempo a exigência de um funcionamento constante.

Logicamente, com tradicionalidade ou não, o cavalinho rampante não vende seu status por pouco dinheiro. São 480.000 dólares para poder ter o prazer de colocar aqueles 515 cavalos para trabalhar!

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