Ele
foi projetado com a única missão de ser o melhor dos Lamboghini já produzidos.
Como
todo legítimo Lamborghini, o nome Murciélago não significa apenas Morcego, ao
traduzir para o português. Na verdade, é o nome de um touro conhecido pela ousadia
e pela disposição para o combate, que em 187 foi poupado, justamente por causa
de sua garra, pelo famoso toureiro Rafael Molina. Mas,
desta vez, o carro mal foi lançado e já tem uma história curiosa. Ferdinand Piëch
(presidente do grupo Volkswagen, onde está inclusa a Lamborghini) não teria ficado
satisfeito com o projeto do designer Zagato, então, interrompeu o projeto já iniciado
e procurou outro designer. Confiou então, o projeto a Luc Donckerwolke, da Audi.
Foi aí que entrou em cena o já comentado nome Murciélago, que veio para substituir
Canto (que até então, seria o nome do 15º Lamborghini). Neste
novo projeto, a Audi conseguiu manter as linhas típicas da marca, interferindo
milimetricamente no genoma Lamborghini. Existem poucos detalhes que não foram
herdados ou derivados de outros Lamborghini já fabricados. O
nome foi ideal - não pela tradução, e sim pelas características do touro - é incrível
como o Murciélago está pronto para encarar qualquer desafio. Basta um toque no
acelerador e os 580 cavalos embutidos no motor, que se localiza a um palmo dos
ombros do motorista, se mostram prontos para o trabalho. Espera
aí, se o motor se localiza logo atrás do motorista, onde ficam os passageiros?
Nada de passageiros atrás, este carro mantém a tradição da marca e é um dois lugares
com portas que se abrem para cima como se fossem uma tesoura. Mesmo com o motor
ocupando toda a parte traseira, a distribuição de peso é bem ajustada, onde 57%
do peso fica na parte de trás, e 43% na parte da frente, o que contribui com a
estabilidade. Já
vimos que por má distribuição de peso a estabilidade não é afetada. Mas em um
carro deste porte não podem ter poucos recursos. É de fundamental importância
à 300 km/h que o ar não gere instabilidade alguma. Pensando nisso, a Lamborghini
além de se preocupar já na aerodinâmica inicial, instalou várias entradas de ar
e aerofólios. Um deles, um tanto inteligente. Dois, aliás. São duas mini - asas
instaladas na parte traseira do carro. O que chama atenção nesse item, é a capacidade
que elas têm de se abrirem de acordo com o aumento da velocidade do carro, isso
até chegar aos 130 km/h, quando se recolhem novamente, pois os designers concluíram
que com esse design do carro, acima desta velocidade, as "asinhas" irão ao invés
de ajudar na missão de furar o ar, atrapalhar ainda mais. Estas asas, ao se abrirem,
também permitem a refrigeração do motor. Os
aparatos eletrônicos que em um carro desse são essenciais, mais parecem com a
tecnologia usada em naves espaciais, apesar da nave Murciélago não sair do chão
(mesmo com toda aquela velocidade, que chega a 330 km/h). Existem vários computadores
com funções específicas, na qual podemos incluir o gerenciamento do curso da suspensão,
temperatura dos fluídos, aberturas de aerofólios, fluxo de mistura nas câmaras
de combustão etc. O
Lamborghini Murciélago contém algumas curiosidades, inclusive em seu interior.
A começar pelo contador de velocidade, que começa já nos 30 km/h e pula de 30
em 30, diferentemente do tradicional que pula de 20 em 20. A alavanca do câmbio
é uma peça de aço guiada por trilhos. Os escapamentos se localizam no centro do
carro. Mais detalhes serão descobertos por aqueles que comprarem este carro por
cerca de 200.000 dólares. | |